terça-feira, 5 de maio de 2009

Synecdoche New York

Outro dia, já fazia tempos que não ia ao cinema, fui com uma amiga, sem saber qual filme seria.
Chegando lá, tudo lotado. "Vamos ver esse aqui, que também acho que é bom". "Vamos então".

Caí de para-quedas (ai, deve ser sem hífen agora né?) 
Enfim, caí no filme sem saber do que se tratava, não fazia idéia de quem era o diretor ou os atores, nada.

Quando o filme acabou, estava muito mexida, incomodada, mas não podia dizer que não tinha gostado. Naquele momento só sabia que talvez fosse o filme mais doido que tivesse assistido...

Fui para casa pensando, cheguei em casa, conversei sobre o filme e de repente:
"Quer saber? Gostei desse filme!"
No dia seguinte:
"Cara, adorei esse filme"
E mais uns dois dias:
"Puta que o pariu! O filme é fodaaaaa!!!"

E assim foi, quanto mais eu lembrava e pensava no filme, mais ele fazia sentido. 
Vários sentidos.
Uns dias depois descobri que o diretor é ninguém menos que Charlie Kauffman!!!

"Tinha que ser"

Ouvi falar que o personagem dá nome a uma síndrome que existe de verdade. 
Muitos tem imitado o comportamento do Cotard. Buscando a vida, a criação perfeita, esquecem de viver e de alguma maneira já estão mortos. Triste.

Atores, roteiro, cenografia, personagens, arte, ser humano, vida. 
Por isso tudo esse filme vale a pena.

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