sexta-feira, 15 de maio de 2009

Por do sol, hora difícil

São três horas da tarde de sexta-feira. Daqui a pouco é a hora da angustia. De mais ou menos quatro e meia até as seis. O por do sol. É a hora do dia mais difícil para mim. Talvez por ser oposta a minha hora preferida, seis da manhã. O nascer do sol. É um momento em que me encho de alegria e esperança. De força. As seis da tarde se eu bobear quando me dou conta já estou ansiosa, angustiada, dependendo do dia do mês e da lua, em surto.

Já ouvi dizer que esse horário é regido pelo elemento água, na medicina chinesa, rins, tudo ligado ao sentimento de medo. Faz sentido, ansiedade nada mais é do que a necessidade de controle. É a história da mulher que carregava um cesto pesado em cima da cabeça dentro do trem. Uma pessoa chegou até ela e disse: pode colocar no chão. E ela: Está muito pesado, o trem não aguentaria. Assim somos com Isvara (ordem que governa o universo), achamos que temos que carregar e controlar, que o "trem" e mais ninguém aguenta...então colocamos o nosso "fardo" nas costas. Crentes que estamos de fato carregando alguma coisa. Tanta energia disperdiçada, tanta força por nada. Tudo tem seu rumo, independente da nossa vontade. Nós somos responsáveis pela escolha na ação. Parece pouco, mas é tudo. Escolher quais sementes regar. Mas o que acontece é que plantamos abacate e queremos colher sapoti. E depois da colheita choramos, ficamos inconformados, nos sentimos injustiçados e procuramos alguém para colocar a culpa.

Para quê facilitar se podemos complicar não é mesmo?




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