quinta-feira, 30 de abril de 2009

Crise

Por esses dias tenho andado em crise.

Disparada por conversas, aulas, situações. 
Em relação a mim, ao meu trabalho, ao filme documentário, a arte, a capacidade criativa.

Lembro de uma parecida (porém bem mais sofrida) em relação ao Yoga.
Estava em Porto Alegre, fazendo um curso de ashtanga. Era o segundo módulo, já conhecia parte das pessoas ali. Já estava quase me formando na ABPY (formação em hatha yoga ) também. Já estudava com a Gloria há alguns anos. Já dava aula há um tempo. Mas entre confusões, sentimentos a flor da pele e algumas expectativas se formou um climão entre alunos e professores e em meio a isso tudo eu surtei.

Lembro de ter tido uma crise de asma, como há anos não tinha. Puramente emocional. Cheguei no médico lá em POA e simplesmente chorei. Estava confusa. Tinha muitas informações muitas vezes contraditórias e não sabia para onde ir. No auge da minha cruel autocrítica começei a questionar a aula que eu estava dando, o que eu estava fazendo. E olha que o climão nem foi comigo.

Voltei para o Rio. Continuei dando aula, mas a minha cobrança descabida minava minha energia. Só tinha uma coisa a fazer: ir na fonte. E assim fui eu de mala e cuia, sozinha, para a Índia, tentar descobrir o que é essa prática de hatha yoga. Essa viagem foi muito importante para mim em diversos aspectos, até muito mais profundos do que o eu poderia imaginar. Mas de hatha yoga ainda não estava satisfeita. Tinha dores e dúvidas que não conseguia resolver.

Com as voltas que o mundo dá, acabei parando de dar aula e prestando vestibular para Cinema na UFF, sonho antigo, onde estou até hoje. Estava mais tranquila, já sabia o que eu não queria, o que eu não concordava e principalmente, que não há muito certo e errado em várias questões do hatha yoga.

Mas foi numa palestra de uma outra professora de yoga, a Nazareth, por coincidência também de POA, que eu tive minha angustia dissolvida. Ela também, como muitos, se machucou, teve dores e dúvidas como eu. E abriu seu coração de uma maneira tão simples e sincera que me emocionei. Conversei muito com ela depois, foi ótimo. Uma pena não poder hoje me aprofundar mais, mas quando precisar seguir por esse caminho, já sei qual estrada pegar.

Agora fui buscar outras questões para me incomodar...rsrsrs 


Um comentário:

  1. Lindona, você pode tudo, nunca vi tanto poder junto. E cineasta é tudo em crise permanente. Ouvimos vozes, esqueceu?
    Beijo, te amo.

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